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14/03/2016
Professor da FMB/ UNESP foi mencionado para explicar o novo Programa de Triagem Ocular


Assessoria FMB/ UNESP

Projeto coordenado por docente da FMB torna-se Programa Estadual
Secretaria de Estado da Saúde fez o lançamento da iniciativa no dia 11 de março.

"Muito provavelmente vai se tornar um programa para o Brasil inteiro”. A frase é do médico oftalmologista e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Antônio Carlos Lottelli Rodrigues, e foi mencionado para explicar o novo Programa de Triagem Ocular do Estado de São Paulo, da Secretaria Estadual de Saúde, lançado no dia 11 de março, em São Paulo.
 
A iniciativa surgiu de um projeto do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), coordenado por Lottelli, que teve início em agosto de 2014. O objetivo era encontrar uma alternativa que agilizasse e facilitasse o tratamento de crianças diagnosticadas com alteração no teste do olhinho, procedimento realizado nas maternidades após o nascimento dos bebês. “A criança com catarata congênita, principal causa de alteração no exame do olhinho, se não for operada até os três meses de idade, vai ficar cega”, explica professor Lottelli.
 
Atualmente, o bebê é submetido ao teste do olhinho após o nascimento em cumprimento a uma legislação estadual de 2007. Quando o exame está alterado, a família deve procurar um oftalmologista, em até 30 dias, para que a criança receba os cuidados necessários. Porém, a consulta com o especialista nem sempre é agendada neste período e o bebê fica exposto as consequências da falta de tratamento.
 
O protocolo criado pelo projeto foi transformado no “Protocolo de Diagnóstico, Tratamento e Seguimento da Triagem Ocular - Teste do Olhinho - Teste do Reflexo Vermelho no Estado de São Paulo”, e deve ser realizado em todos os estabelecimentos de Saúde da Rede, vinculados ou não ao Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela resolução SS 19 em 1/03/2016. 
 
Com a resolução, os hospitais e maternidades ficam obrigados a realizar o exame do olhinho e encaminhar adequadamente os casos alterados ou duvidosos. Esse encaminhamento pode ser feito por meio do Programa de Triagem Ocular, ou estabelecendo fluxo alternativo caso o estabelecimento de saúde não queira se ligar a ele, desde que esse fluxo cumpra o estabelecido na resolução.
 
O projeto do PPSUS contou com a participação de universidades do Estado de São Paulo: USP (Ribeirão Preto), USP (São Paulo), Universidade de Campinas (Unicamp), Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
 
 
O projeto que virou programa
 
De acordo com o projeto, os Departamentos Regionais de Saúde (DRSs) do Estado de São Paulo foram divididos em seis regiões, cada um com um hospital universitário como centro de referência. Estes realizam o tratamento e acompanhamento das crianças.
 
Exames realizados na maternidade com diagnóstico alterado ou duvidoso são encaminhados para os centros de reteste. Cada DRS abriu vagas extras, exclusivas para reteste do exame do olhinho de seus hospitais/ maternidades. Estas vagas foram abertas em serviços oftalmológicos já existentes, na sua maioria dentro dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs). Os centros de reteste descartam ou confirmam a alteração vista na maternidade. Exames comprovadamente alterados pelo reteste são encaminhados para o centro de referência. 
 
Determinou-se, dessa forma, o fluxo hospital/ maternidade - centro de reteste - centro de referência. Todos os agendamentos são feitos online via Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (CROSS) e o prazo para que a criança chegue até o destino é de 30 dias.
 
“Precisávamos ter esse fluxo, uma sequência de encaminhamentos para que a criança chegasse até o centro de tratamento”, complementa Lottelli. 
 
Teste do olhinho 
 
O teste do olhinho é realizado na maternidade. Durante o exame, um feixe de luz é lançado nos olhos do recém-nascido de forma inofensiva. Caso o reflexo seja vermelho, como é comum em fotografias tiradas com flash, o olho é sadio, caso esse reflexo não se forme o exame está alterado.



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