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29/03/2016
Antiveneno de abelhas


Lançamento de Soro desenvolvido por pesquisadores do CEVAP...

Foto: Rui Seabra Ferreira Jr. coordenador do CEVAP 
 
Lançamento de Soro desenvolvido por pesquisadores do CEVAP da UNESP de Botucatu terá transmissão ao vivo.
 
Agora é oficial. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), com apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) do Ministério da Saúde, autorizou o teste em humanos de um soro antiveneno, conhecido como soro antiapílico, que pode aumentar as chances de uma pessoa sobreviver a um ataque de abelhas. O produto foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp de Botucatu em parceria com o Instituto Vital Brazil, de Niterói – RJ.
 
Com objetivo de esclarecer a população sobre os procedimentos que serão adotados para seleção de pacientes, os pesquisadores promoverão um encontro com autoridades e a imprensa no dia 8 de abril, a partir das 10 horas, em São Paulo, na sede da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). O evento terá transmissão ao vivo. Faça seu cadastro: http://www.transmitirnaweb.com.br/ensaio_clinico
 
O medicamento é recebido por via intravenosa. Cerca de 20 mililitros (ml) trazem ao corpo uma quantidade de anticorpos capaz de neutralizar 90% dos problemas causados pelas picadas de abelhas africanizadas, as mais comuns no Brasil. Quando um adulto é picado por mais de 200 insetos, o corpo recebe uma quantidade de veneno suficiente para causar lesões nos rins, fígado e coração, debilitando esses órgãos. A maioria das mortes acontece pela falência dos rins.
 
Treinamento
 
No dia 7 de abril, data que antecede o encontro na sede da Unesp, os pesquisadores ministrarão um treinamento à equipe de profissionais de saúde responsável pela aplicação do soro nos pacientes. A capacitação, que poderá ser acompanhada pela imprensa durante um período, será realizada a partir das 14 horas, no Hotel Boulevard São Luis, em São Paulo (República).
 
Como será feito
 
Nesta primeira fase 20 pacientes passarão pelos testes.“Nós possuímos um protocolo de atendimento com rígidos critérios de inclusão e exclusão. Os médicos participantes do projeto serão responsáveis por definir qual paciente tem a indicação de soroterapia específica e dose necessária”, explica o pesquisador e coordenador do Cevap, Rui Seabra Ferreira Jr.
 
Após a escolha dos pacientes e aplicação do soro, os pesquisadores passarão para o “teste de fase III com mais de 300 pacientes”, complementa Rui. A previsão é que ainda no mês de abril o soro seja aplicado nos primeiros voluntários. “Trata-se de um produto estratégico, não apenas para o Brasil, mas para todo o continente americano, já que as abelhas africanizadas estão presentes hoje na maioria destes países. Assim, com o soro antiapílico registrado, além de salvar vidas, contribuiremos para diminuir o enorme déficit na balança comercial brasileira em medicamentos e insumos para a saúde, pois poderemos exportá-lo. Até o momento foram investidos, apenas nos últimos cinco anos, cerca de R$ 2 milhões de reais no projeto”.
 
“Entraremos no inverno e o número de acidentes por abelhas africanizadas tende a diminuir. Mas a partir de setembro e outubro eles voltarão com força total”, finaliza o pesquisador.
 
Assessoria FMB/ UNESP



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