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13/04/2016
Diminuição dos riscos de sequelas em pacientes com AVC


Estudo clínico pretende utilizar procedimentos minimamente invasivos em pacientes do SUS.
 
Restam poucos passos para o início da segunda etapa do estudo clínico chamado "Resilient". É o que diz o médico neurologista e professor Rodrigo Bazan, do Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). “A previsão é que após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) local já possa ter início”, afirma.
 
O estudo clínico “Resilient” objetiva atender (estudar) 600 pacientes, em todo o País, vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico nas primeiras seis horas do início dos sintomas (fase hiperaguda). O intuito é utilizar procedimentos minimamente invasivos que diminuam os riscos de sequelas nos pacientes.
 
“Este estudo tem a finalidade de comprovar em âmbito nacional o que já se sabe em estudos internacionais. Este tipo de procedimento de neurointervenção para o AVC isquêmico tem grande benefício, principalmente na redução da incapacidade e sequelas. O estudo tem patrocínio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, após a análise dos resultados parciais, será possível sua publicação e posterior incorporação deste tipo de tecnologia no SUS. Hoje este tipo de procedimento, apesar do benefício potencial, não é previsto no pagamento da tabela do SUS”, lembra Bazan.
 
Como vai funcionar
 
A previsão é que esta fase tenha duração de aproximadamente dois anos e envolva 12 unidades nacionais que atuem com pacientes vítimas de AVC isquêmico, dentre elas a Unidade de AVC do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) em parceria com seu Setor de Neurointervenção e com a Unidade de Pesquisa Clínica (Upeclin) da FMB.
 
Segundo Bazan, os pacientes deverão ter “perfil clínico de moderada para acentuada gravidade do AVC, por provável obstrução da circulação cerebral por trombo (coágulo sanguíneo) em artéria de grande calibre”. “Acreditamos que nosso centro (unidade de AVC do Hospital) tenha capacidade de recrutar de um a dois pacientes ao mês que preencham os critérios do estudo Resilient”, complementa.
 
Capacitação
 
Nos dias 1 e 2 de abril especialistas da FMB e do HCFMB estiveram em São Paulo participando de um treinamento para realização do procedimento. “O objetivo foi capacitar a equipe e fazer acertos finais no protocolo clínico do estudo, assim como a integração e troca de experiências de toda a equipe envolvida nos diferentes centros que participarão. Ressaltou-se a importância do trabalho da rede de saúde regional, com a importante parceria entre os hospitais envolvidos e o sistema pré-hospitalar de atendimento (SAMU)”, explica Bazan.
 
Em São Paulo, participaram da capacitação Rodrigo Bazan (neurologista - FMB), Carlos Clayton Macedo Freitas (neurointervencionista - FMB), Gabriel Pereira Braga (coordenador Unidade de AVC), Márcia Alves Polin (médica neurologista do HCFMB), e Fernanda Winckler (assistente da pesquisa). Também participam da pesquisa os coordenadores Priscila Watson Ribeiro (fonoaudióloga - HCFMB) e Gustavo José Luvizutto (fisioterapeuta – HCFMB).
 
 
Assessoria FMB/ UNESP
 



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