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14/07/2018
Revista expõe "negócio da China" entre FHC e prefeitura de Botucatu


(Por João Fernando)

Em reportagem na sua edição impressa desta semana, a revista Carta Capital descreve como FHC e seus filhos tornaram-se prósperos investidores do agronegócio, amparados pelo pecuarista Jovelino Mineiro e, como a prefeitura de Botucatu promoveu uma "desapropriação amigável" de terras de FHC.

Represa
R$ 5,00 (cinco reais). O preço pago pela prefeitura de Botucatu por 36,54 hectares de uma das duas fazendas da família do tucano Fernando Henrique Cardoso, localizada em região de mananciais, numa Área de Proteção Ambiental Corumbataí, Botucatu e Tejupá, que protege a Cuesta, o Aquífero Guarani e a biodiversidade única da região, entre a Mata Atlântica e Cerrado.

Segundo a reportagem, houve um acordo amigável para a construção de uma represa. A filha de FHC, Luciana Cardoso, esteve com o prefeito Mário Pardini (PSDB), em abril, para selar o acordo.

Quando a esmola é demais o santo desconfia
A propriedade, um canavial, que faz fronteira com a Cascata Véu de Noiva não deve permanecer assim, pois um projeto da Secretaria de Planejamento do município é de que todo o entorno da represa se torne uma atração turística, com a construção de chácaras de recreio ao redor.

A CETESB confirma a meta de fatiamento e posterior loteamento das fazendas. João Batista de Oliveira, da ONG Nascentes e um dos membros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema), disse à reportagem: “Pela descrição, é um lugar que ele não deveria estar ocupando”. Ainda, segundo João Batista “ele não pode mexer nessa parte que foi doada, não está fazendo isso porque é bonzinho”.

O projeto da represa foi concebido em 2015, na gestão do então prefeito João Cury Neto (PSDB). O governador tucano Geraldo Alckmin, agora presidenciável, avalizou o projeto, a cargo da SABESP, onde o atual prefeito Mário Pardini (PSDB) era superintendente regional.  A CETESB concedeu, no dia 7 de junho, a licença prévia para a barragem. Foi aberto um período de 30 dias para manifestação, por escrito de qualquer interessado. A validade é de 5 anos.

Os ambientalistas reclamam de falta de negociação com a sociedade civil, embora as obras afetem uma área de preservação importante de nascentes, nas bordas do Rio Pardo, um dos principais afluentes do Rio Paranapanema, e na região das cuestas basálticas, que separam planalto de planície.

O Plano Diretor de Botucatu, fala em vários pontos de previsão de chácaras de recreio na região. Mas somente nas zonas de proteção ambiental. Nas zonas de mananciais, não.

Em outras palavras, todas as propriedades sobreviventes à desapropriação serão valorizadas.


Fonte: revista Carta Capital

 



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