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17/07/2020
Desafios e dificuldades de gestantes e puérperas na pandemia


Estudo da FMB com outras Instituições alerta para importância do acesso à terapia intensiva
 
Um conhecido problema de saúde pública no Brasil agravado com a pandemia do novo coronavírus (SARS-COV-2). Tratam-se das dificuldades e desafios de gestantes e puérperas (mulher que teve o((a)) filho((a)) há pouco tempo) em estado grave para ter acesso a respiradores e terapia intensiva.
 
O alerta é feito pelo Grupo Brasileiro para Estudos de COVID-19 e Gestação, que reúne profissionais e pesquisadores de diversas instituições e estados do país.
 
Projeto
 
Um estudo desenvolvido por duas pesquisadoras da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Instituto Nacional da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) adverte para necessárias ações de contingência voltadas à saúde materna com objetivo de melhorar o atendimento pré-natal e o acesso a cuidados intensivos para mulheres grávidas e pós-parto durante a pandemia.
 
De acordo com Maira L S Takemoto e Mariane O Menezes, pesquisadoras vinculadas ao Programa de Pós-Graduação de Tocoginecologia da FMB|Unesp, “o estudo identificou 124 mortes maternas relacionadas à COVID-19 no país, até o fechamento da pesquisa, e 36 óbitos no mundo. Isto é, do total de 160 mortes maternas relacionadas à COVID-19 no mundo, 77% ocorreram no Brasil, com 3,4 vezes mais óbitos do que o resto do mundo somado”.
 
Os números do trabalho refletem as barreiras que as gestantes e puérperas parecem estar enfrentando para ter acesso a terapia intensiva para casos graves de COVID-19 no País; do total de 124 mortes, 22,6% não foram admitidas em UTI e apenas 64% receberam ventilação invasiva (respirador), sendo que 14,6% de todos os casos fatais não tiveram nenhum suporte ventilatório, enquanto os 21,4% restantes receberam apenas ventilação não invasiva. “Isto não é necessariamente algo novo no sistema de saúde brasileiro (a escassez de profissionais de saúde e a falta de recursos de terapia intensiva são desafios crônicos bem descritos nos serviços de maternidade brasileiros), mas a questão foi muito agravada pela pandemia da COVID-19”, explicam as pesquisadoras.
 
A publicação teve como objetivo descrever os dados de gestantes e puérperas com COVID-19 desde o primeiro caso documentado no Brasil, de 26 de fevereiro de 2020 a 18 de junho de 2020, usando os dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) do Sistema de informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) do Ministério da Saúde (MS).
 

Da Assessoria (FMB/Unesp)



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