Por duas semanas seguidas neste mês, o assunto que dominou os debates plenários na Câmara de Botucatu foi o tratamento à covid-19. De maneira praticamente inédita, dois requerimentos foram destacados e votados à parte na Ordem do Dia – normalmente, eles são lidos e aprovados em bloco no Pequeno Expediente da sessão.
Na sessão de 22 de março, os vereadores Sargento Laudo e Abelardo pautaram o assunto com o requerimento 187, que solicitava ao Conselho Municipal de Saúde “estudos visando, com a devida orientação de médicos das unidades básicas de saúde, a distribuição de ivermectina a munícipes que queiram utilizá-lo como tratamento precoce da Covid-19, bem como que os pacientes já diagnosticados com a doença tenham à disposição, caso queiram, medicações como cloroquina, azitromicina e antitérmicos”.
Quase em resposta à propositura, na sessão seguinte, em 29 de março, o vereador Lelo Pagani apresentou o requerimento 227. Destinada ao prefeito, ao secretário de Saúde e ao presidente do Conselho Municipal de Saúde, a matéria requisitou “perante as evidências científicas, que sejam seguidas as recomendações contidas na Nota Técnica 02/2021 do Comitê Extraordinário de Monitoramento da Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB) e no comunicado do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP), referente ao tratamento da Covid-19”.
Após debate intenso e, de certa forma, polarizado, ambos os requerimentos foram aprovados.