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30/11/2022
Projeto de extensão da FMVZ promove ações de educação em saúde


Equipe  atua em parceria com o Instituto Semeando o Futuro.
 
 
Um projeto de extensão que envolve docentes, residentes e pós-graduandos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, está levando informações importantes sobre educação em saúde para os jovens assistidos pela organização não governamental Instituto Semeando o Futuro, que atua com o objetivo de promover o bem-estar da comunidade de Rubião Junior, por meio de ações participativas afirmativas. Ele atende crianças de 06 a 17 anos de idade.
 
Iniciado em outubro de 2022, o projeto de extensão intitulado “Ações de educação em saúde em unidade de apoio assistencial a crianças e jovens”, é voltado para crianças e adolescentes entre 06 e 16 anos. Semanalmente, por meio de palestras e oficinas, intercaladas com atividades lúdicas, a equipe da FMVZ aborda temas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos jovens e seus familiares, tais como: higiene bucal, higiene ambiental, pragas e animais peçonhentos, zoonoses, doenças de veiculação hídrica, doenças transmitidas por alimentos e a importância da lavagem e cozimento adequados dos alimentos, prevenção da dengue, cuidados com os animais de estimação e bem-estar animal, entre outros.
 
Todos os temas trabalhados estão relacionados ao conceito de Saúde Única, ou seja, a relação intrínseca entre a saúde do ser humano, dos animais e do meio ambiente. Esse enfoque visa complementar a formação dos alunos que frequentam o Instituto Semeando, e também melhorar a qualidade de vida das famílias da comunidade.
 
Para o professor Helio Langoni, coordenador do projeto, além da contribuição para o desenvolvimento da comunidade atendida, o projeto permite a formação do “profissional cidadão”, aquele que vivencia os problemas da sociedade como espaço privilegiado de produção do conhecimento e trabalha para a superação das desigualdades sociais existentes. “As atividades praticadas vão muito além do que se aprende numa sala de aula e buscam promover uma sociedade melhor e justa para todos. Na minha visão, a prática da extensão permite atuar com os estudantes universitários de forma a aplicar o conhecimento adquirido nas disciplinas e seus conteúdos programáticos diretamente onde os problemas ocorrem”. A professora Simone Baldini Lucheis, também integrante do projeto, complementa. “É um projeto muito importante para nossa área de atuação. A base dele é levar conhecimentos para essas pessoas que estão em vulnerabilidade social. Os conteúdos dos vários temas abordados são colocados de maneira simples para serem assimilados por todos. É um projeto que tem uma aplicabilidade muito grande e é importante para a sociedade como um todo”.
 
A doutoranda Nássarah Jabur Lot Rodrigues, orientada do professor Langoni, afirma que tomar parte num projeto com essas características beneficia os universitários tanto quanto as crianças atendidas. “Muitas vezes ficamos um pouco fechados nas nossas bolhas sociais, inclusive no ambiente universitário. Quando vemos a situação de vulnerabilidade das crianças e da comunidade em geral, percebemos que podemos acrescentar algo à vida deles. Ressaltando que as crianças são disseminadoras de informação. Tudo que aprendem conosco acabam levando para as famílias e amigos. Mas conseguir a atenção das crianças é algo muito difícil. É um grande aprendizado. Nós sempre vamos pesquisar a melhor maneira de trabalhar com eles. Nós trabalhávamos alguns temas com slides, por exemplo, mas percebemos que rodas de conversa podem ser mais interessantes e interativas. É muito gratificante e nos ajuda a crescer pessoal e profissionalmente”.
 
A residente Suellen Gonçalves Lima também qualifica a experiência como gratificante. “Trabalhamos muito com as zoonoses, as doenças transmitidas entre animais e pessoas, e a melhor forma de evitar essas doenças é fazer a prevenção. Para ter a prevenção o melhor caminho é conhecimento. As crianças em idade escolar absorvem muito bem esses conhecimentos e trabalhamos esses conteúdos com elas por meio de muitas brincadeiras e jogos. Quando abordamos o tema da raiva, por exemplo, levamos morcegos de brinquedo, preparamos jogos de tabuleiro e de ligar os pontos e, rapidamente, elas já sabiam muito sobre raiva e diziam que iam contar a respeito para seus pais. Assim vamos vendo que as brincadeiras podem transformar atitudes. Levamos conhecimento a elas, mas recebemos muito mais. Conseguimos completar o ciclo da extensão, saindo dos prédios da universidade, dos laboratórios e levando um pouco algo do que recebemos aqui diretamente para a população”.
 
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Todos os temas trabalhados estão relacionados ao conceito de Saúde Única.
 
Gismelli Cristiane Angelucci é doutoranda e também integra o projeto. “Como universidade pública, precisamos devolver para a sociedade o que aprendemos aqui. Essas interações que temos com as crianças levam o conhecimento básico que será fundamental para uma mudança de atitude quando elas se tornarem adultas. Sabemos que são pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade, não apenas de alimentação e moradia, mas também de conhecimento, de cultura, de estudo. Com o projeto conseguimos aprender com eles quais são suas reais necessidades ou dificuldades e isso faz que a extensão atinja seu propósito. Trabalhamos com nichos diferentes, idades diferentes e precisamos estar atentos a essa perspectiva também. Saber o que levar de informações para que todos possam assimilar dentro da sua capacidade de entendimento. E já podemos notar que há uma mudança de perspectiva deles sobre os temas. Esse é um grande aprendizado profissional para nós e um crescimento para todos os envolvidos”.
 
Além dos citados acima, o projeto de extensão conta com a participação do professor Felipe Fornazari, dos residentes Gustavo Nunes de Moraes e Raque Cuba Gaspar e dos pós-graduandos Danilo Alves de França, Ketrin Ribeiro Favaro e Dayane da Silva Zanini.
 
A equipe da FMVZ está colaborando na arrecadação de cestas básicas para a comunidade atendida pelo Instituto Semeando o Futuro. Há uma caixa na sede do Departamento de Produção Animal e Medicina Veterinária Preventiva, em Rubião Junior, para quem quiser fazer doações. Também podem ser feitas doações pela chave PIX: 14997423123 – Nássarah Jabur Lot Rodrigues.
 
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Projeto atende crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos de idade.
 
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Da Assessoria FMVZ/Unesp -Botucatu



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