Representantes do Hemocentro do HCFMB com os estudantes
Dia Nacional do Doador de Sangue
Um mutirão em nome da solidariedade e do bem-estar coletivo. É dessa forma que pode ser classificada a iniciativa de estudantes do Colégio John Kennedy, em Pirassununga (SP).
No mês de setembro, Bárbara Jordão Campos, 15 anos, ligou para o Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) dizendo que seria realizado um evento em sua escola e, como parte das atividades, a captação de sangue estaria incluída na programação.
Na ocasião, a estudante conversou com a Coordenadora do Núcleo de Hemoterapia do Hemocentro, Patrícia Carvalho Garcia Bonechini, que explicou que a cidade de Pirassununga não era vinculada ao Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-VI), portanto era fundamental que Bárbara conversasse com Hemonúcleos de sua região.
Diante da indisponibilidade de diversos serviços, o Hemocentro do HCFMB topou o desafio e encaminhou uma série de requisitos que precisavam ser obedecidos para viabilizar a captação externa no colégio.
De acordo com Patrícia, a coleta externa só pode ser realizada mediante “autorização da vigilância sanitária, disponibilidade de transporte, motorista, equipamentos, profissionais, lanches, número mínimo de doadores, estrutura no local que comporte todas as etapas do ciclo do sangue para a coleta, infraestrutura para acomodação dos doadores e ambulância”, lembra.
Uma semana após enviar os itens necessários para a captação, Patrícia se reuniu virtualmente com Bárbara e representantes do colégio John Kennedy, que sinalizaram positivamente com o cumprimento de todas as exigências. “Tivemos uma experiência muito bonita”, disse Patrícia.
Organização
Bárbara lembra que o processo foi trabalhoso e os desafios não paravam de surgir. “Se eu fosse falar de todos os problemas, eu ficaria um dia escrevendo”, brinca a jovem.
Ainda segundo ela, o apoio recebido da escola e familiares foi fundamental para viabilizar o projeto. “Muitos se disponibilizaram a doar e a ajudar com o que foi preciso. Tivemos um apoio que realmente nos surpreendeu”, lembra.
O empenho da estudante e seus colegas contribuiu com a manutenção dos estoques de sangue do Hemocentro. “Acho que aprendemos muito com todo esse trabalho. Nós já acreditávamos que a doação era importante, mas, com este projeto, passamos a ver um significado totalmente diferente. Foi uma oportunidade de aprender sobre o assunto, conhecer novas pessoas e poder compartilhar as experiências de cada um”, finaliza Bárbara.
Resultado
No dia 16 de setembro, uma equipe do Hemocentro do HCFMB desembarcou no Colégio do município de Pirassununga para realizar a ação de coleta de sangue, que ocorreu das 8h às 13h.
Ao todo, 120 doadores se colocaram à disposição para a doação e foram coletadas 87 bolsas de sangue, direcionadas para o próprio HCFMB. “Era uma população que queria doar sangue”, finaliza Patrícia
Doadores passam por triagem antes da doação
R E L A C I O N A D A
Hemocentro e Atlética da FMB se unem para fortalecer doações de sangue e plaquetas
O Hemocentro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) está ganhando um reforço em seus estoques neste final de ano.
Uma parceria entre o Serviço, a Liga de Hematologia e Hemoterapia de Botucatu e a Associação Atlética Carlos Henrique Sampaio de Almeida (AACHSA) da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp) tem o objetivo de estimular atletas, equipes, torcedores e demais alunos a realizar a doação de sangue e plaquetas.
“A ideia da atlética é ajudar a suprir a demanda de hemocomponentes neste final de ano, período em que os estoques costumam diminuir”, lembra a Coordenadora do Núcleo de Hemoterapia do Hemocentro, Patrícia Carvalho Garcia Bonechini.
A campanha da AAACHSA ocorrerá até o final de dezembro, mas as ações de conscientização com os estudantes ocorrem ao longo do ano. “Quem já precisou de transfusões de sangue sabe que o valor da doação é inestimável. É um ato de solidariedade à saúde pública e a todos aqueles que enxergam o sentimento de esperança materializado no sangue doado”, finaliza Ricardo Mastandrea, aluno da FMB|Unesp e diretor externo da AAACHSA, que teve leucemia e recebeu transfusões sanguíneas como parte de seu tratamento.
Texto divulgado pela AAACHSA sobre a Campanha
O dicionário garante: sangue é um líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
É importante, claro, conhecer o sangue em sua forma literal. Estudamos e aprendemos como as hemácias, plaquetas, leucócitos e demais constituintes fazem o corpo humano funcionar ou, quando alterados, nos fazem sofrer.
Nas letras miúdas do texto, encontramos uma ressalva para o sentido figurado do sangue: vida. Não por acaso, ouvimos dos nossos técnicos, companheiros de equipe e torcida nas beiras das quadras, pistas, campos e piscinas que devemos “dar o sangue” por aquilo que almejamos.
Assim, entendemos muito bem que dar o sangue, no sentido figurado, é um ato de coragem e respeito a quem acredita e torce por nós. Há, no entanto, quem precise do nosso sangue literal, aquele das letras grandes do dicionário, dos tratados de hematologia, dos hemocentros, aquele que circula em cada um de nós, impulsionado pelo coração.
Para quem vê o sentimento de esperança materializado em uma, duas ou quinze bolsas de sangue, os sentidos literal e figurado se misturam. De repente, naquele equipo tingido de vermelho, corre em direção ao corpo um material capaz de desafiar o dualismo do dicionário.
Correm as hemácias, mas também corre a vida.
Doe sangue.
Maisa – Turma LX
Da Assessoria - HCFMB